terça-feira, 20 de setembro de 2011

IMPORTANTE - Acordo da aula de Genética

Gente,

Como ficou combinado na última aula de Genética, 19/09, a fim de evitar o excesso de informação no quadro, os alunos deverão imprimir ou xerocar a folha com o conteúdo da aula (documento que terá no máximo uma folha frente e verso para cada aula).

Os alunos já deverão estar com a folha em mãos no dia da aula, para acompanhar a explicação.

Uma cópia do documento será entregue na aula anterior a um aluno responsável por disponibilizá-la a quem quiser tirar cópia.

O documento será ainda enviado para o e-mail da turma, para quem preferir imprimi-lo.

A aula do dia 26/09 já está disponível no e-mail da turma: alunosvc@gmail.com

Espero conseguir alcançar as expectativas de vocês e fazer um trabalho cada vez melhor com a ajuda de todos.

Até logo,

Laís

sábado, 10 de setembro de 2011

Resumo de Genética

Texto daptado da Revista Superinteressante: http://super.abril.com.br/ciencia/codigo-seres-vivos-438120.shtml

Em 1869, o químico suíço Friedrich Mieschner encontrou, ao esmagar o núcleo de algumas células, uma substância diferente de todas as outras. Batizou-a de nucleína. Como não conseguiu descobrir para que servia, logo se desinteressou. Hoje se sabe que essa substância, o ácido desoxirribonucléico, mais conhecido pela sigla em inglês DNA, contém as instruções para a formação de todas as células de cada um dos seres vivos. Graças a ela, você é diferente do seu irmão, de um mosquito e de uma samambaia.
Quase um século se passou até que, em 1953, uma dupla de cientistas – o físico inglês Francis Crick, hoje com 85 anos, e o biólogo americano James Watson, de 71 anos – conseguiu mostrar exatamente como é o DNA e como ele se reproduz. A proeza foi o resultado de uma longa acumulação de novos conhecimentos, desde que o padre tcheco Gregor Mendel (1822-1884) descobriu, por meio do cruzamento entre diferentes espécies de ervilhas, os elementos hereditários hoje conhecidos como genes. Ele publicou suas conclusões numa revista científica, em 1866, mas ninguém notou sua importância até 1900. Naquele ano, numa coincidência notável, três cientistas que nem sequer se conheciam – o alemão Carl Correns (1864-1933), o austríaco Erich Tschermak (1871-1962) e o holandês Hugo de Vries (1848-1935) – obtiveram resultados similares e só então se deram conta da importância do trabalho de Mendel. Em 1909, o americano Thomas Morgan (1866-1945) descobriu os cromossomos e mostrou que os genes, enfileirados dentro deles, são os responsáveis pelos traços hereditários.
Os pesquisadores descobriram, nas décadas seguintes, que os genes são feitos de DNA e que estes, por sua vez, compõem-se de substâncias menores, os quatro nucleotídeos – representados pela bases nitrogenadas, adenina, guanina, citosina e timina. Estava aberto o caminho para a histórica descoberta de Watson e Crick. Com base em estudos do DNA feitos com raios X, os dois cientistas desvendaram a sua estrutura em forma de uma escada retorcida, que se divide ao meio, como um zíper, na hora de se reproduzir. Estava revelado o código da vida.

O vírus da Aids

Que já matou 14 milhões desde que foi percebida sua existência, em 1983, só foi identificado graças a uma descoberta feita pelo virologista americano David Baltimore, dezenove anos antes. Ele revelou, em 1964, o retrovírus. Essa criatura possui RNA como material genético, mas o converte em DNA assim que entra em alguma célula. Com isso, transforma as células que invade em aliados. Usando o achado de Baltimore, a Medicina desenvolve remédios cada vez mais eficazes contra a Aids.

Linha de montagem

Cada uma das proteínas que formam o corpo humano é produzida a partir de instruções recebidas de um gene específico. Esse processo acontece no miolo das células.

A substância que forma os genes dentro dos cromossomos, o DNA (ácido desoxirribonucléico) 1,é transformada em RNA (ácido ribonucléico) 2, que copia os genes como uma xerox. O RNA mensageiro 3, como ele passa a se chamar, atravessa a fronteira entre o núcleo e o citoplasma. Ali, os ribossomos 4 se encarregam de traduzir as mensagens genéticas, que se transformam numa cadeia de aminoácidos. Então, estes entram numa outra parte da célula, o retículo endosplasmático 5, e são convertidos nas proteínas que vão moldar o organismo e seu funcionamento.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Funções dos Aminoácidos

São as unidades fundamentais das PROTEÍNAS.
Todas as proteínas são formadas a partir da ligação em seqüência de apenas 20 aminoácidos.
Existem, além destes 20 aminoácidos principais, alguns aminoácidos especiais, que só aparecem em alguns tipos de proteínas.
Os aminoácidos são essenciais para a produção de mais de 50 mil proteínas e mais de 15 mil enzimas.

Os aminoácidos também influenciam em seu humor, concentração, agressividade, atenção, sono e desejo sexual.

Depois que uma proteína é consumida suas enzimas digestivas a quebram em aminoácidos. Os aminoácidos individuais são então usados para a criação de novas proteínas e enzimas.
Classificação Nutricional
Aminoácidos não-essenciais
Aminoácidos não-essenciais ou dispensáveis são aqueles que o corpo humano pode sintetizar.
Aminoácidos essenciais
Os aminoácidos essenciais são aqueles que não podem ser produzidos pelo corpo humano. Dessa forma, são somente adquiridos pela ingestão de alimentos, vegetais ou animais. São eles: fenilalanina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina, triptofano, histidina e valina.
Aminoácidos essenciais apenas em determinadas situações fisiológicas
Aminoácidos condicionalmente essenciais são os aminoácidos que devido a determinadas patologias, não podem ser sintetizados pelo corpo humano. Assim, é necessário obter estes aminoácidos através da alimentação, de forma a satisfazer as necessidades metabólicas do organismo. São eles: arginina, cisteína, glicina, glutamina, prolina, tirosina.

Algumas de funções são:
1.      Fenilalanina – maior percursor da tirosina, melhora o aprendizado, a memória, o temperamento e o alerta mental. É usado no tratamento de alguns tipos de depressão. Elemento principal na produção de colágeno, também tira o apetite;
2.      Leucina – usado como fonte de energia, ajuda a reduzir a queda de proteína muscular. Modula o aumento dos precursores neurotransmissores pelo cérebro, assim como a liberação das encefalinas, que impedem a passagem dos sinais de dor para o sistema nervoso. Promove cicatrização da pele e de ossos quebrados;
3.      Isoleucina – essencial na formação de hemoglobina. É usado para a obtenção de energia pelo tecido muscular e para prevenir perda muscular em pessoas debilitadas;
4.      Metionina – precursor da cistina e da creatina, ajuda a aumentar os níveis antioxidantes (glutathione) e reduzir os níveis de colesterol no sangue. Também ajuda na remoção de restos tóxicos do fígado e na regeneração deste órgão e dos rins;
5.      Valina – não é processado pelo fígado, mas é ativamente absorvido pelos músculos, sendo fundamental no metabolismo dos ácidos líquidos adiposos. Influencia a tomada, pelo cérebro, de outros neurotransmissores (triptofano, fenilalanina, tirosina).
6.      Serina – importante na produção de energia das células, ajuda a memória e funções do sistema nervoso. Melhora o sistema imunológico, produzindo imunoglobulinas e anticorpos;
7.      Prolina – é o ingrediente mais importante do colágeno. Essencial na formação de tecido de conexão e músculo do coração, é facilmente mobilizado para energia muscular;
8.      Treonina – desintoxicante, ajuda a prevenir o aumento de gordura no fígado. Componente importante do colágeno, é encontrado em baixos níveis nos vegetarianos;
9.      Alanina – é o componente principal do tecido de conexão, elemento intermediário do ciclo glucose-alanina, que permite que os músculos e outros tecidos tirem energia dos aminoácidos e obtenham sistema de imunização. Ajuda a melhorar o sistema imunológico;
10.  Tirosina – precursor dos neurotransmissores dopamina, norepinefrina e epinefrina. Aumenta a sensação de bem-estar.
11.  Histidina – absorve ultravioleta na pele. É importante na produção de células vermelhas e brancas, sendo usado no tratamento de anemias, doenças alérgicas, artrite, reumatismo e úlceras digestivas;
12.  Glutamina – é o aminoácido mais abundante, essencial nas funções do sistema imunológico. Também é importante fonte de energia, especialmente para os rins e intestinos durante restrições calóricas. No cérebro, ajuda a memória e estimula a inteligência e a concentração;
13.  Asparagina - está envolvido no controle metabólico das funções celulares em nervos e tecido encefálico.
14.  Lisina – inibe vírus e é usado no tratamento de herpes simples. Ajuda no crescimento ósseo, auxiliando a formação do colágeno, a fibra protéica que produz ossos, cartilagem e outros tecidos conectivos. Baixos níveis de lisina podem diminuir a síntese protéica, afetando os músculos e tecidos de conexão. Este aminoácido, combinado à vitamina C, forma a l-carnitina, um bioquímico que possibilita ao tecido muscular usar oxigênio com mais eficiência, retardando a fadiga;
15.  Ácido Aspártico – reduz os níveis de amônia depois dos exercícios, auxiliando na sua eliminação, além de proteger o sistema nervoso central. Ajuda a converter carboidratos em energia muscular e a melhorar o sistema imunológico;
16.  Ácido Glutâmico – precursor da glutamina, prolina, ornitina, arginina, glutathon e gaba, é uma fonte potencial de energia, importante no metabolismo do cérebro e de outros aminoácidos. É conhecido como o "combustível do cérebro". Também é necessário para a saúde do sistema nervoso;
17.  Cisteína – em conjunto com outras substâncias, auxilia na desintoxicação do organismo, aumentando a eficiência do processo de recuperação e resistência a doenças. Por isso, ajuda a prevenir danos oriundos do álcool e do tabaco. Estimula a atividade das células brancas no sangue. É a principal fonte de enxofre em uma dieta. Auxilia também no crescimento dos cabelos, unhas e na conservação da pele;
18.  Triptofano – é utilizado pelo cérebro na produção de serotonina, um neurotransmissor que leva as mensagens entre o cérebro e um dos mecanismos bioquímicos do sono existentes no organismo, portanto oferecendo efeito calmante. Encontrado nas fontes de comidas naturais, promove sonolência, por isso deve ser consumido à noite;
19.  Arginina – pode aumentar a secreção de insulina, glucagon e GH. Ajuda na reabilitação de ferimentos, na formação de colágeno e estimula o sistema imunológico. É precursor da creatina e do ácido gama amino buturico (GABA , um neurotransmissor do cérebro). Pode aumentar a contagem de esperma e a resposta T-lymphocyte. Vital para o funcionamento da glândula pituitária, deve ser tomada antes de dormir. Ela aumenta a produção do hormônio do crescimento;

20.  Glicina – ajuda na fabricação de outros aminoácidos e é parte da estrutura da hemoglobina e citocromos (enzimas envolvidas na produção de energia). Tem um efeito calmante e é usado muitas vezes para tratar pessoas maníaco-depressivas e agressivas. Reduz a vontade de comer açúcar. Também é necessário para a conservação da pele e dos tecidos musculares;



Exemplos de outros aminoácidos:
Cistina – é essencial para a formação de pele e cabelo. Contribui para fortalecer o tecido de conexão e ações antioxidantes no tecido, ajudando na recuperação. Estimula atividade das células brancas no sangue e ajuda a diminuir a dor de inflamação;
Taurina – ajuda na absorção e eliminação de gorduras. Atua como neurotransmissor em algumas áreas do cérebro e retina. Colabora para uma melhor absorção da creatina pelo organismo;
Ornitina – ajuda aumentar a secreção de hormônio do crescimento. Em doses altas, ajuda no sistema imunológico, nas funções do fígado e na cicatrização;

Câncer - Artigo e Videos

Por quê temos câncer?
http://super.abril.com.br/saude/temos-cancer-447567.shtml


Um terço de nós, independentemente de alimentação, exercícios físicos ou bons hábitos, pode morrer de câncer. É uma situação que parece não fazer o menor sentido, e não só pelo sofrimento físico e emocional que a doença traz.

Afinal de contas, o câncer não passa de uma guerra civil no interior do próprio organismo: algumas células de repente resolvem se multiplicar de forma desordenada e descontrolada. É uma péssima idéia, inclusive para elas: mesmo que dominem o corpo, o único resultado dessa vitória é a morte do organismo – e delas, que afundam junto. Então, por que diabos essa bagunça toda acontece?

Porque, há mais de 600 milhões de anos, os ancestrais de todos os animais vivos hoje, inclusive nós, passaram a viver como um conjunto de muitas células. Essa é a principal explicação proposta pelos biólogos hoje e ganha força justamente por levar a evolução em conta.

Um dos grandes problemas para um ser de muitas células, como nós, é coordenar, tintim por tintim, a formação do organismo, que depende tanto da multiplicação celular quanto da morte celular programada. É só pensar nos espaços entre os dedos: se muitas células não tivessem se suicidado na hora certa, todos nós teríamos os dedos “colados”.

O processo envolve uma coreografia genética precisa: se, por algum motivo, o DNA de alguma das células programadas para morrer sofrer uma modificação inesperada, a célula em questão pode simplesmente se multiplicar fora de hora. E, pior ainda, pode fazer isso assumindo características que não têm nada a ver com o lugar do corpo onde está, ou então invadir outros órgãos em sua ânsia de virar muitas células. E nasce um tumor.

CÉLULA TRONCO “DO MAL”
O biólogo Oswaldo Okamoto, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), conta que esse processo parece ser controlado por um tipo de célula-tronco – pois é, a mesma categoria que inclui as supostas células milagrosas buscadas por médicos para reparar órgãos.

Todas as partes do organismo precisam de células-tronco, que ficam num estado menos especializado, prontas a se multiplicar para corrigir uma lesão, digamos. O problema é que, se elas saem do controle, passam a usar seu potencial multiplicador para o mal, originando o câncer.

Isso explica por que é difícil eliminar a doença. “A volta de um tumor após o tratamento é freqüente porque seria preciso matar todas as células-tronco tumorais. Mas basta que uma centena delas sobreviva para trazer o câncer de volta”, afirma Oswaldo Okamoto.

Para completar a armadilha, há indícios de que alguns genes ligados ao câncer também são essenciais para curar ferimentos e retardar o envelhecimento. Precisamos deles para manter a saúde, mas eles também podem estar por trás de tumores. Pelo visto, para correr o risco de ter a doença, basta estar vivo.
7,6 milhões de pessoas morreram de câncer no mundo em 2007. Nos países ricos, a doença deve se tornar a principal causa de morte nas próximas décadas.

Quatro passos para a guerra civil

Veja como os tumores subvertem o funcionamento das células
1. Divisão
Existem regras precisas que regulam a divisão das células. Sem esse controle, um tumor pode iniciar seu nascimento.
2. Regressão
Além de proliferarem feito alucinadas, as células voltam a um estágio mais primitivo, incapaz de ter funções especializadas, deixando o corpo “na mão”.
3. Invasão
A proliferação chega a tal ponto que a massa tumoral rasga barreiras e adentra os tecidos vizinhos dela.
O pior cenário para um tumor é a metástase: células da massa tumoral original “vazam” para a corrente sanguínea e chegam a órgãos distantes. O risco de morte é grande nesse caso.

Síntese de Proteínas - Vídeos