domingo, 27 de março de 2011

Músculos - Aula


→ Músculo Estriado Esquelético:

- Contração voluntária e rápida

- Estrias: disposição organizada das proteínas contráteis

- Células plurinucleadas

- Controlado pelo Sistema Nervoso Somático

→ Músculo Estriado Cardíaco:

- Contração involuntária e rápida

- Estrias

- Células mono ou binucleadas

- Células ramificadas e com junções especiais (discos intercalares)

- Controlado pelo Sistema Nervoso Autônomo

→ Músculo Liso:

- Contração involuntária e lenta

- Sem estrias

- Células mononucleadas

- Controlado pelo Sistema Nervoso Autônomo

→ Fibra muscular = Célula muscular = Miócito

- Sarcolema: membrana plasmática

- Retículo Sarcoplasmático: RELiso bastante desenvolvido (estoque de cálcio, que permite a ligação da actina com a miosina)

- ↑mitocôndrias = ↑energia

- Miofibrila: porção do citoplasma formada por sequência de sarcômeros (unidade contrátil do músculo estriado)

- Contração muscular = encurtamento das fibras → actina desliza sobre a miosina (proteínas contráteis)

- Gasto energético: na contração e no relaxamento!

* Rigor mortis: falta ATP para que ocorra relaxamento do músculo

. Fibras musculares possuem estoque de glicogênio

. ↑demanda de oxigênio: mioglobina retém oxigênio no músculo (carne mais escura)

. Se não há oxigênio suficiente para a Respiração Aeróbica, o músculo faz Fermentação Láctica (em excesso é prejudicial: ácido láctico prejudica fisiologia celular, ex: dor) OU através da quebra de Fosfocreatina armazenada durante o repouso (Creatina + ATP ↔ ADP + Fosfocreatina)

- Placa Motora: junção músculo-nervosa

- Anabolizantes: não aumentam o número de fibras, apenas aumenta o seu tamanho (↑proteínas: anabolismo = construção!); prejuízo: efeitos hormonais

Sistema Endócrino - Aula

→ Hormônio: proteína produzida por glândulas que é transportada pelo sangue e possui um órgão alvo

→ Hipófise/Pituitária: glândula mestra

- Localização: abaixo do hipotálamo

- Neurohipófise (posterior): não produz hormônios, apenas armazena e libera hormônios hipotalâmicos (neurônios contínuos)

. Ocitocina: ejeção de leite e contração do útero (supõe-se que não seja funcional em homens)

. ADH/Vasopressina: ↑reabsorção renal de água = ↓volume de urina = ↑pressão sanguínea

*↓ADH = Diabetes insipidus: desidratação

- Adenohipófise (anterior):

. GH/Somatotrofina:

. Nanismo: ↓GH na infância

. Gigantismo: ↑GH na infância

. Acromegalia: ↑GH na idade adulta

. TSH: estimula Tireóide a produzir T3 eT4

. ACTH: estimula adrenais a produzir cortisol, aldosterona e testosterona (córtex adrenal)

. FSH: ação nas gônadas

. ♂: espermatogênese

. ♀: amadurecimento do folículo

. LH: ação nas gônadas

. ♂: ↑testosterona

. ♀: ovulação

. Prolactina: produção de leite (sucção do mamilo aumenta prolactina)

→ Tireóide:

- T3 e T4: hormônios aceleradores do metabolismo

. Bócio: causado por ↓iodo (tireóide crescida: papo) → sal iodado

. Hipotireoidismo: pessoa “lenta”, obesa, ↓cognição

. Hipertireoidismo: emagrecimento, exoftalmia, dificuldade de concentração

- Calcitonina: deposita Ca2+ no osso (estímulo ao osteoblasto), faz balanço com Paratormônio

→ Paratireóides: Paratormônio: retira Ca2+ do osso (estimula osteoclasto), faz balanço com Calcitonina

→ Pâncreas (porção endócrina: Ilhotas de Langerhans):

- Insulina: produzida por células β, estimula glicose a se armazenar no fígado em forma de glicogênio

. Diabetes Melitus: ↓insulina

- Glucagon: produzida por células α, estimula glicogênio a virar glicose e ir para o sangue

→ Adrenais/Supra-renais: localizadas acima dos rins

- Córtex:

. Cortisol: ↑glicose sanguínea, ↓processos inflamatórios (relação com fuga ou luta)

. Aldosterona: ↑reabsorção de sais nos rins (água vai junto)

. Testosterona: pouco (↑ nos testículos)

- Medula: Adrenalina → hormônio e neurotransmissor

Sistema Nervoso II - Aula

(Vcs perceberam que eu simplesmente parei de postar depois que as aulas da UnB começaram a se aproximar, né? Vou procurar não permitir que isso aconteça mais, meninos, mil perdões!)

→ Origem: ectoderma → no início, é um tubo (que acaba se desenvolvendo em SNC)

→ Sistema Nervoso Central (SNC):

- Protegido pelas 3 meninges (membranas):

. Pia-máter: invisível a olho nu

. Aracnóide: lembra teia de aranha ligando as outras duas meninges

. Dura-máter: aderida ao osso, bem dura

- Encéfalo: dentro do crânio

. Cérebro: raciocínio

. Telencéfalo (cérebro propriamente dito, só é bem desenvolvido no homem) + Diencéfalo (Tálamo (modulação da sensibilidade), Subtálamo (modulação da motricidade), Hipotálamo (fome, sede, sono, termostato, produção de hormônios encaminhados para a neurohipófise)

. Massa cinzenta (corpos neuronais) externa x Massa branca (prolongamentos neuronais) interna *(bulbo e medula: ao contrário)

. Cerebelo: equilíbrio e coordenação motora

. Tronco Encefálico/Cerebral:

. Mesencéfalo: auxílio à visão e à audição

. Ponte: passagem de fibras (aqui a substância branca e a cinzenta mudam de posição)

. Bulbo/Medula Oblonga: movimentos cardíacos e respiratórios (importância da hérnia com compressão bulbar), transpiração, vômitos, alguns movimentos digestórios

- Medula espinhal/raquidiana: passa por dentro das vértebras (cervicais – 7; torácicas – 5; lombares – 5; sacrais – 5 fusionadas (cóccix na ponta))

*Discos cartilaginosos intervertebrais: hérnia e protrusão de disco

- Sistema Nervoso Periférico:

. Nervos: axônios de um grupo de neurônios

. Cranianos: 12 pares

. Raquidianos/Espinhais: 31 pares

. Gânglios: reunião de corpos celulares

*Sistema Nervoso Autônomo: funções involuntárias

-Simpático (catabólico: “destruição”): noradrenalina + adrenalina (fuga ou luta) – ejaculação, taquicardia, dilatação dos brônquios, ↓peristaltismo, dilatação da pupila, dilatação da bexiga

- Parassimpático (anabólico: construção): acetilcolina – ereção, bradicardia, constrição dos brônquios, ↑peristaltismo, contração da pupila, contração da bexiga

*Arco Reflexo: simples, não requer envolvimento do encéfalo (sobrevivência)

*Anestesia: bloqueio da despolarização neuronal (exceção: anestesia raquidiana: bloqueia sinapses)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Origem dos animais na evolução


Espreitando no sangue de caracóis tropicais há uma criatura unicelular chamada Capsaspora owczarzaki. Esta espécie ameboide com “tentáculos” é tão obscura que ninguém a havia notado até 2002. Mesmo assim, em poucos anos ela passou do anonimato a foco do mundo científico. Acontece que ela é um dos parentes mais próximos dos animais. Por incrível que pareça, nossos ancestrais há um bilhão de anos eram bem semelhantes à Capsaspora.
A origem dos animais foi uma das transformações mais extraordinárias e importantes na história da vida. Eles evoluíram de ancestrais unicelulares até uma profusão de complexidade e diversidade. Hoje estima-se que sete milhões de espécies de animais vivem na Terra, desde vermes tubícolas no fundo do oceano a elefantes se arrastando pesadamente pela savana africana. Seus corpos podem conter trilhões de células capazes de se transformar em músculos, ossos e centenas de outros tipos de tecidos e de células.
O amanhecer do reino animal, cerca de 800 milhões de anos atrás, também foi uma revolução ecológica. Os animais devoraram os tapetes microbianos que haviam dominado os oceanos por mais de 2 bilhões de anos e criaram seus próprios habitats, como os arrecifes de corais.

A origem dos animais é um dos episódios mais misteriosos na história da vida. A transformação de um organismo unicelular em um coletivo de um trilhão de células exige uma enorme reestruturação genética. A espécie intermediária que poderia mostrar como a transição aconteceu está extinta.
“Estão faltando apenas os passos intermediários”, afirmou Nicole King, bióloga evolutiva da Universidade da California em Berkeley.
Pistas evolutivas — Para entender como os animais assumiram esta forma de vida peculiar, os cientistas estão reunindo diversas linhas de indícios. Alguns usam martelos de pedra para retroceder ao registro fóssil de animais dezenas de milhões de anos atrás. Outros estão encontrando assinaturas químicas de animais em pedras antigas. Ainda há um terceiro grupo examinando os genomas de animais e de seus parentes como a “Capsaspora” para reconstruir a árvore evolutiva dos animais e de seus parentes mais próximos. Surpreendentemente, eles descobriram que muito do equipamento genético para a formação de um animal já existia bem antes do próprio reino animal.

Foi apenas nos últimos anos que os cientistas chegaram a uma noção consistente do que são os parentes mais próximos dos animais. Em 2007 o National Human Genome Research Institute iniciou um projeto internacional para comparar o DNA de diferentes espécies e traçar uma árvore genealógica.
Os primos dos animais são um grupo diversificado. Ao lado da habitante de caracóis, a Capsaspora, nossos parentes mais próximos incluem coanoflagelados, criaturas semelhantes a ameboides que vivem em água limpa, na qual elas caçam bactérias.


Agora os cientistas estão tentando entender como um organismo unicelular como a Capsaspora ou um coanoflagelado se tornou um animal pluricelular.

Por sorte eles podem obter algumas pistas a partir de outros casos nos quais micróbios fizeram a mesma transição. Plantas e fungos evoluíram de ancestrais unicelulares, bem como dúzias de outras linhagens menos familiares, de algas pardas a fungos mixomicetos.
A pluricelularidade primitiva pode ter evoluído com certa facilidade. “Tudo que precisa acontecer é que os produtos da divisão celular se mantenham unidos”, disse Richard E. Michod, da Universidade do Arizona. Uma vez que organismos unicelulares passaram permanentemente para colônias, começaram a se especializar em funções diferentes. Esta divisão de trabalho tornou as colônias mais eficientes. Elas conseguiam crescer mais rápido do que colônias menos especializadas.

Em determinado ponto a divisão de trabalho pode ter levado muitas células dos protoanimais a perder sua habilidade de reprodução. Apenas um pequeno número de células ainda fabricava as proteínas necessárias para produzir descendentes. Assim, as células no resto do corpo poderiam se concentrar em funções como juntar alimento e lutar contra doenças.

“Não é um obstáculo”, afirmou Bernd Schierwater, da Universidade de Medicina Veterinária em Hannover, Alemanha. “É uma ótima maneira de ser muito eficiente”.

Reciclagem de células — Mas a multicelularidade também lançou novos desafios aos ancestrais dos animais. “Quando há morte de células num grupo, elas podem intoxicar umas às outras”, afirmou Michod. Nos animais as células morrem de forma ordenada, assim elas liberam relativamente poucas toxinas. E ocorre o contrário: as células que estão morrendo podem ser recicladas por suas companheiras vivas.

Outro perigo apresentado pela pluricelularidade é a capacidade de uma única célula de crescer às custas de outras. Hoje esse perigo ainda assombra: o câncer é o resultado de algumas células se recusando a jogar pelas mesmas regras que as demais no nosso corpo.

Mesmo simples organismos multicelulares têm defesas evoluídas contra esses trapaceiros. Um grupo de algas verdes conhecido como “volvox” desenvolveu um limite para o número de vezes que qualquer célula pode se dividir. “Isso ajuda a reduzir o potencial de células serem renegadas”, disse Michod.

Para descobrir as soluções que os animais desenvolveram os pesquisadores agora estão sequenciando os genomas dos seus parentes unicelulares. Eles têm descoberto uma profusão de genes que se acreditava existir apenas em animais.

Genes em comum — Para decifrar as soluções que os animais desenvolveram, os pesquisadores agora estão sequenciando os genomas de seus parentes unicelulares. Inaki Ruiz-Trillo, da Universidade de Barcelona, na Espanha, e seus colegas, estudaram o genoma “Capsaspora” procurando por um grupo importante de genes que codifica proteínas chamadas fatores de transcrição. Fatores de transcrição ativam e desativam outros genes e alguns deles são vitais para a transformação de um óvulo fertilizado no corpo de um animal complexo.

Na última edição de Molecular Biology and Evolution, Ruiz-Trillo e seus colegas relatam que a Capsaspora possui vários fatores de transcrição que se acreditava serem exclusivos dos animais. Por exemplo: eles encontraram um gene na Capsaspora que é quase idêntico ao gene animal Brachyury. Nos humanos e em muitas outras espécies animais o Brachyury é essencial para o desenvolvimento dos embriões, designando uma camada de células que se tornarão o esqueleto e os músculos.
Ruiz-Trillo e seus colegas não têm ideia do que a “Capsaspora” faz com um gene Brachyury. Neste momento eles estão fazendo experimentos para descobrir. Enquanto isso, Ruiz-Trillo especula que parentes unicelulares dos animais usam o gene Brachyury, junto com outros fatores de transcrição, para ativar genes para outras funções. “Eles têm de conhecer seu ambiente”, disse Ruiz-Trillo. “Eles têm de se unir a outros organismos. Eles têm de comer presas”.

Estudos de outros cientistas apontam para a mesma conclusão: muitos dos genes que se pensava serem exclusivos do reino animal estavam presentes nos ancestrais unicelulares dos animais. “A origem dos animais dependeu de genes que já estavam em seus lugares”, disse King.

King defende que na transição para animais plenos esses genes foram cooptados para controlar um corpo multicelular. Genes antigos começaram a exercer novas funções, como produzir a cola para manter as células unidas e que poderiam se transformar em tumores.

Esponjas — Por décadas paleontólogos procuraram pelos fósseis que registrassem esta transição até os primeiros animais. Ano passado, Adam Maloof, de Princeton, e seus colegas publicaram com detalhes o que eles sugerem que sejam os fósseis animais mais antigos já encontrados. Os despojos, descobertos na Austrália, datam de 650 milhões de anos atrás. Eles contêm internamente redes de poros, similares aos canais existentes em esponjas vivas.

As esponjas também podem ter abandonado traços antigos. Gordon Love, da Universidade da Califórnia em Riverside, e seus colegas perfuraram depósitos de petróleo na Austrália datando de pelo menos 635 milhões de anos atrás. Na mistura de hidrocarbonos retirados, eles encontraram moléculas do tipo do colesterol que hoje são produzidas apenas por um grupo de esponjas.


O fato de as esponjas aparecerem tão cedo nos registros fósseis provavelmente não é coincidência. Estudos recentes sobre genomas de animais indicam que elas estão entre as linhagens mais antigas de animais viventes – se não são a mais antiga. As esponjas também são relativamente simples se comparadas à maioria dos outros animais. Elas não têm cérebro, estômagos ou vasos sanguíneos.


Apesar de sua aparente simplicidade, elas possuem carteirinhas de membros do reino animal. Assim como outros animais, esponjas produzem óvulos e esperma, que geram embriões. Larvas de esponja nadam pelas águas para encontrar um bom lugar onde possam se estabelecer para a vida sedentária e crescer, tornando-se adultas. Seu desenvolvimento é um processo peculiarmente sofisticado, com células-tronco dando origem a diversos tipos de células.

O primeiro genoma de esponja foi publicado só em agosto. Ele ofereceu aos cientistas a oportunidade de comparar o DNA das esponjas com o de outros animais, bem como com o da “Capsaspora” e outros de seus parentes unicelulares. Os pesquisadores observaram cada gene no genoma da esponja e tentaram compará-lo a grupos de genes de outras espécies relacionados, conhecidos como famílias de genes.

No total eles encontraram 1.268 famílias de genes compartilhados por todos os animais – incluindo esponjas – mas não por outras espécies. Esses genes foram presumidamente transmitidos para os animais viventes de um ancestral comum que viveu há 800 milhões de anos. Via pesquisa deste catálogo, os cientistas podem inferir algumas coisas sobre como era esse ancestral. “Não eram apenas bolota de células amorfas”, afirmou Bernard M. Degnan da Universidade de Queensland. Na verdade eles já expeliam óvulos e esperma. Ele podia produzir embriões e apresentar padrões complicados no seu corpo.

Versatilidade e oxigênio — Entretanto, os animais não apenas desenvolveram corpos pluricelulares. Eles também parecem ter desenvolvido novas formas de gerar diferentes tipos de corpos. Os animais estão mais propensos a mutações que recombinam partes de suas proteínas em novos arranjos, processo conhecido como “domain shuffling”, que consiste numa recombinação de domínios proteicos. “O 'domain shuffling’ parece ser crítico”, afirmou Degnan.


Degnan e seus colegas encontraram outra fonte de inovação em animais em uma molécula chamada microRNA. Quando as células produzem as proteínas dos genes, elas fazem uma cópia do gene numa molécula chamada RNA. Mas as células de animais também fazem microRNAs que podem atacar moléculas de RNA e destruí-las antes que elas tenham chance de fazer proteínas. Dessa forma elas podem agir como outro tipo de chave para controlar a atividade dos genes.



Os microRNAs parecem não existir em parentes unicelulares de animais. Esponjas têm oito microRNAs. Os animais com mais tipos de células que evoluíram mais tarde também desenvolveram mais microRNAs. Os humanos têm 677, por exemplo.



Os microRNAs e o “domain shuffling” deram aos animais uma nova fonte poderosa de versatilidade. Eles ganharam os meios para desenvolver novas maneiras de produzir uma ampla variedade de formas – de grandes predadores a comedores de lodo.



Essa versatilidade pode ter permitido a animais primitivos se aproveitarem das mudanças que estavam ocorrendo ao seu redor. Cerca de 700 milhões de anos atrás a Terra saiu das garras de uma era do gelo mundial. Noah Planavsky, também da Universidade da California em Riverside, e seus colegas descobriram em pedras dessa idade indícios de um afluxo repentino de fósforo para os oceanos no mesmo período. Eles especulam que conforme as geleiras derreteram, o fósforo foi lavado da terra exposta para o mar e agido como uma dose concentrada de fertilizante, estimulando o crescimento de algas.


Isso pode ter levado à elevação rápida do oxigênio no oceano ao mesmo tempo.

Os animais podem ter sido preparados para usar oxigênio extra como forma de abastecer grandes corpos, usados para devorar outras espécies. “Era um nicho a ser ocupado”, disse Ruiz-Trillo, “e ele foi ocupado assim que o mecanismo molecular estava pronto

Vídeo - Síntese Proteica


quarta-feira, 23 de março de 2011

Mutação: vítimas de Chernobyl

Oi gente,

Na aula passada, sobre mutação, fiquei de mandar o vídeo de Chernobyl. Como já havia avisado, as cenas são muito fortes e bem tristes, mas é importante conhecermos a realidade e sabermos os efeitos que a radiação nuclear pode ocasionar no DNA e na vida das pessoas.

Até a próxima aula,

Laís

sexta-feira, 11 de março de 2011

Vídeo - interior da célula

Encontrei esse vídeo no youtube e achei suuuuper interessante! Foi produzido pela Universidade de Harvard e mostra como é o movimento interno da célula, suas partes e como interagem.
Vale a pena conferir. ;)


quinta-feira, 10 de março de 2011

Óleo de Lorenzo


Alguém já ouviu falar desse filme? Ele conta a história de uma família que luta pela vida do filho, Lorenzo, ao descobrir que ele possui uma doença chamada Adrenoleucodistrofia. O que é interessante para nós no filme é observar que essa doença causa a desmielinização progressiva dos axônios. Lembram da propagação saltatória do impulso elétrico? Em pacientes com essa doença, ela vai deixando de existir com o passar do tempo. No filme, isso é facilmente observável, já que Lorenzo visivelmente vai perdendo capacidades que já havia adquirido, como andar e falar. No filme (e na vida real), os pais de Lorenzo acabam conseguindo um tratamento para a doença do filho, o Óleo de Lorenzo, mas não sem antes comprar muita briga com a indústria farmacêutica. É um filme lindo, eu recomendo!

Vídeo: Impulso Nervoso

Este vídeo é uma dica da Larissa (obrigada, Larissa! Arrasou!). Ele mostra o movimento dos íons através da membrana ao longo da transmissão do impulso elétrico e também a expulsão das vesículas de neurotransmissores em direção à sinapse. Excelente forma de revisão!
http://www.youtube.com/watch?v=KdFSdOrBRiM

(PS: Se alguém souber como colocar o vídeo diretamente no blog, sem precisar ir pro youtube, me ensina por favor!)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sistema Nervoso I - Aula

→ Neurônio (estrutura): impulso vai dos dendritos aos axônios

- Dendritos: expansão do citoplasma, terminações curtas (geralmente)

- Corpo celular: citoplasma + núcleo

- Axônio: expansão do citoplasma, terminação mais longa (geralmente)

- Bainha de mielina: camadas de gordura formada pelas Células de Schwann (SNP) ou Oligodendrócitos (SNC)

- Nódulos de Ranvier: espaço entre as células da bainha de mielina com axônio aparente → impulso salta de nódulo para nódulo, percorrendo menos espaço, ou seja, em menos tempo, do que se fosse desmielinizado → Propagação Saltatória

- Corpúsculos de Nissl: Retículo Endoplasmático Rugoso que produz neurotransmissores (proteínas) que, dentro de vesículas, são conduzidos por microtúbulos até o fim das terminações axonais

→ Impulso Nervoso Elétrico: transmissão ao longo do neurônio ou entre dois neurônios que possuam canais comunicantes

(+ = maior concentração de Na+; - = menor concentração de Na+; Na+ = despolariza; K+ = repolariza)

- Em repouso (Potencial de Repouso = -70mV)

Bomba Na+/K+ mantém esse equilíbrio: gasto energético

(Membrana é permeável a K+, que fica saindo, mas não a Na+. A bomba então pega o K+ e coloca para dentro da célula e joga o Na+ para fora)

- Impulso elétrico (+35mV):

Despolarização: estímulo abre canais de Na+, que entra na célula

Repolarização: saída de K+


→ Impulso Nervoso Químico: transmissão entre neurônios

- Neurotransmissores passam pela sinapse: de um axônio para o dendrito do neurônio seguinte

- Cálcio grudado na vesícula ajuda a expelir o neurotransmissor (cálcio entra no neurônio com a ajuda do impulso elétrico, que abre os canais de cálcio)

Tecido Conjuntivo - Aula

→ Características Gerais:

- Derivado do mesoderma

- Vascularizado

- Grande diversidade celular

- Matriz Extracelular (MEC): substâncias que preenchem o espaço entre as células

- Tipos:

. Propriamente Dito: Frouxo, Denso

. De sustentação: Ósseo, Cartilaginoso

. De propriedades especiais: Adiposo, Hematopoiético (Linfóide, Mielóide), De transporte (Sangue, Linfa)

→ Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo:

- Função: preenchimento e aderência de tecidos

- Principal célula: Fibroblasto

. Célula-tronco adulta

. Produz fibras: que fazem parte da MEC

. Colágeno: resistência

. Fibra elástica/Elastina: elasticidade

. Fibra reticular: adesão

- Macrófago: célula de defesa

- Mastócito: libera Histamina (vasodilatador) e Heparina (anticoagulante) → defesa!

- Células Adiposas: algumas

→ Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Denso:

- Mais colágeno: ↑consistência → como couro

- Exemplo: tendão (↓fibra elástica), derme (↑fibra elástica)

→ Tecido Conjuntivo de Sustentação Ósseo:

Linha Epifisária = Linha de Crescimento Vertical

- Córtex: “casca”, osso compacto

- Medula: parte interna do osso

- Canais de Havers: com vasos sanguíneos dentro

- Osteócitos: osteoblastos mais velhos

- Osteoblastos: “criam” MEC, calcifica

- Osteoclastos: “destroem” MEC, descalcificam

- MEC: CaCO3 (dureza) + colágeno (elasticidade e resistência a trauma)

- Osteoporose: desequilíbrio nas funções dos osteoclastos e osteoblastos (osteoclasto descalcifica mais do que osteoblasto calcifica)

→ Tecido Conjuntivo de Sustentação Cartilaginoso:

- ↓Vasos e nervos, presentes no pericôndrio (tecido conjuntivo denso que envolve a cartilagem)

- Condrócito: principal célula

- MEC: colágeno

→ Tecido Conjuntivo de Propriedades Especiais Adiposo:

- Ex: hipoderme

- ↓MEC

- Adipócito/Lipócito: principal célula → citoplasma rico em lipídeos

- Armazena gordura: reserva energética + isolante térmico

→ Tecido Conjuntivo de Propriedades Especiais Hematopoiético/Reticular: produção de células sanguíneas

- Mielóide: Medula Óssea

. MO Vermelha: ativa, produz elementos figurados (células) do sangue (é composta de células precursoras de células sanguíneas)

. MO Amarela: inativa, gordurosa

- Linfóide: baço, linfonodos → produção de células de defesa

→ Tecido Conjuntivo de Propriedas Especiais de Transporte Sanguíneo:

- 4,5 – 5,5L de sangue

- Hemácias: transporte de gases através da Hemoglobina (proteína + ferro)

. Anucleadas

. Mais abundantes

- Leucócitos: defesa (fagocitose, produção de anticorpos)

- Plaquetas: coagulação (barreira + liberação de fatores de coagulação)

. Fragmentos celulares anucleados

- MEC: plasma (líquido)

→ Tecido Conjuntivo de Propriedas Especiais de Transporte Linfático: leucócitos + MEC

Membrana plasmática e algumas organelas

Então galera, como prometido está aqui o resto da matéria de ontem e a de hoje! Os exercícios eu envio para o email de vocês durante esse feriado, ok?! :)

- Citoplasma
O citoplasma é o espaço intra-celular entre a membrana plasmática e o envoltório nuclear em seres eucariontes, enquanto nos procariotos corresponde a totalidade da área intra-celular. O citoplasma é preenchido por uma matéria coloidal e semi-fluída denominada hialoplasma.[Aquele fluido que fica entre as organelas no caso dos seres eucariotos]

Membrana Plasmática

Uma célula viva é um compartimento microscópico, isolado do ambiente por pelo menos uma barreira: a membrana plasmática. Está é uma película extremamente fina e delicada.

A membrana plasmática é a principal responsável por manter a identidade química da célula; é ela quem controla constantemente o tipo de substância que entra ou sai. Por isso, dizem, que ela tem permeabilidade seletiva. Permeável, já que as substâncias podem atravessá-la; seletiva porque "decide" o que entra e o que sai.

-Composição: fosfolipídios e proteínas lipoprotéica.

#Tipos de transporte da membrana:
-Transporte passivo (sem gasto de energia - ATP)
* Osmose
A água se movimenta livremente através da membrana, sempre do local de menor concentração de soluto para o de maior concentração. [Lembram que eu falei que a membrana é permeável à água?!]

*Difusão simples
Movimentação das moléculas no sentido da solução mais concentrada para a menos concentrada, a favor de um gradiente de concentração, afim de igualar as concentrações de dentro e fora da célula. Pequenas moléculas como a água, o oxigênio e o gás carbônico entram na célula por difusão simples.

*Difusão facilitada
Algumas substâncias entram nas células a favor do gradiente de concentração e sem gasto de energia, mas com uma velocidade muito maior do que a que seria esperada se a entrada ocorresse por difusão simples. Nas células, isso acontece, por exemplo, com a glicose, com os aminoácidos e com algumas vitaminas.
As substâncias "facilitadoras", presentes nas membranas celulares, são as permeases, e têm natureza protéica.

- Transporte ativo (com gasto de energia - ATP)

Os mecanismos de transporte ativo agem como "portas giratórias", que recolhem uma substância em uma das faces da membrana e a soltam na outra face.
Alguns mecanismos realizam uma troca de partículas, levando uma de dentro para fora e outra de fora para dentro. Um exemplo desse tipo de transporte é a bomba de sódio e de potássio, que recolhe um íon sódio na face interna da membrana e o solta no lado de fora da célula. Na face externa, prende-se a um íon potássio, que é lançado no meio intracelular. Esse mecanismo permite que a célula mantenha alta concentração de potássio dentro da célula e alta concentração de sódio no meio extracelular.
A energia empregada pelos mecanismos de transporte ativo vem do ATP, produzido nas mitocôndrias, durante a respiração celular.



Organelas celulares

- Ribossomos
São pequenos grânulos formados por RNA ribossômico associado à proteína.
Função: o ribossomo é a sede da síntese protéica.

- Retículo Endoplasmático
Todo o citoplasma é atravessado por uma vasta rede de canais membranosos que compõem o retículo endoplasmático. As partes do retículo que contam com ribossomos aderidos em suas membranas formam o retículo endoplasmático rugoso ou ergastoplasma, importante sede da produção das proteínas. As regiões nas quais o retículo não mostra ribossomos aderidos constituem o retículo endoplasmático liso. Esse retículo está associado à produção de lipídios, incluindo esteróides como os hormônios estrógeno, progesterona e testerona. Participa também da inativação de numerosas substâncias tóxicas, como alguns medicamentos.
Por se tratar de um sistema de canais, o retículo endoplasmático permite uma fácil e rápida distribuição de materiais entre as diversas partes da célula.

- Sistema golgiense (ou complexo de golgi)
É uma estrutura membranosa que assemelha-se a uma pilha de sacos cheios.
Funções:
* Transformar, empacotar e enviar subtâncias para outras regiões celular;
* Formação do acrossomo do espermatozóide;
* Síntese de polissacarídeos.

O retículo endoplasmático são essas dobraduras perto do núcleo do lado direito. Reparem os pontinhos brancos, são os ribossomos!
O complexo de golgi (ou sistema golgiense) está do outro lado e se parece bastante com o retículo endoplasmático.
Além de estarem no retículo, os ribossomos tambéms estão espelhados pelo citoplasma, são todos esses pontinhos aí na figura.

Dá pra notar também o hialoplasma entre as organelas.

Bom feriado!!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Bioquímica celular

Galera, vou postar aqui os principais pontos das nossas aulas de hoje. Ainda mais porque essa parte de bioquímica eu achei que não ficou tão reforçado, né? Eu estava super nervosa, prometo que vamos revisar depois! Qualquer dúvida podem enviar para o meu email: isinha_mariah@hotmail.com
Vamos lá!


-Substancias inorgânicas: água e sais minerais.



Água
É a substancia mais abundante no planeta terra. A molécula de água é composta de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, interligados por ligação iônica. A água é considerada o solvente universal, pois tem grande força de adesão, ou seja, a união de moléculas polares. As substancias que se dissolvem na água são chamadas de hidrofílicas e as que não dissolvem são chamadas hidrofóbicas.



Sais minerais
Como já diz o nome são os sais extraídos de minérios, eles têm função esquelética ou estrutural. São dissolvidos em água e são fundamentais ao metabolismo celular.
Exemplos:
*Cálcio - Faz parte da formação e da manutenção dos ossos e dentes;
*Ferro - Componente da hemoglobina;
*Potássio - Participa do processo de contração muscular e da síntese de glicogênio.



-Substancias orgânicas: carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucléicos.



Carboidratos
Os carboidratos também chamados de glicídios, de hidratos de carbono ou açucares são divididos em três grupos:

1- Monossacarídeos: são os carboidratos mais simples, sua forma geral é composta da seguinte maneira: Cn(H2O)n
Sendo que o número de carbonos varia de 3 a 7.
Os monossacarídeos mais conhecidos são as pentoses (5C) e as hexoses (6C). Dentre as principais pentoses existentes destacam a ribose e desoxirribose que participam da síntese dos ácidos nucléicos. Dentre as hexoses destacam a frutose e a glicose importantes fontes
2. Dissacarídeos: é a união de dois monossacarídeos. Um exemplo é a sacarose, a união da glicose com a frutose. São solúveis em água.
3. Polissacarídeos: são formados por varias moléculas de monossacarídeos, formando imensas cadeias de energia. Eles são insolúveis à água e assim são extremamente importantes para o metabolismo do organismo, pois servem com fonte de energia fixa e também de componentes estruturais das células.


Principais polissacarídeos:

- Celulose: o mais abundante na natureza, encontrado nas plantas fazendo parte de sua parede celular.
- Amido: encontrado nas plantas e alguns protistas. Tem função de reserva
- Glicogênio: encontrado nos fungos e nos animais. Tem função de reserva.


Hidrólise



- hidro = água; lise = quebra
- Hidrólise: quebra por ação da água.
Reação química na qual uma molécula de água é adicionada ou retirada. As substâncias sofrem hidrólise para reduzir o tamanho da molécula para poder adentrar à célula.
Obs.: Me perguntaram sobre como tirando ou colocando água os monossacarídeos se juntavam ou separavam... achei esse exemplo de um dissacarídeo, a sacarose. Dá pra ter uma noção de como é! :)


Lipídios
Abrangem uma grande variedade de funções e se caracterizam por serem insolúveis em água.

1-Triglicerídeos
São representados pelos óleos e pelas gorduras e formados pela união de três moléculas de acido graxo com glicerol. Sua decomposição é feita por hidrolise, onde há a separação dos ácidos graxos.



2- Fosfolipídios
Um grande exemplo desse subgrupo é a membrana plasmática que é formada por duas camadas de fosfolipídios com proteínas imersas, o que é chamada de camada lipoprotéica. Uma característica exclusiva é que metade da substancia é solúvel a água (hidrofílica) e outra metade não é solúvel a água (hidrofóbica).
Essa camada da membrana plasmática tem uma particularidade, as suas dimensões são fluidas, ou seja, permitem a passagem de substancias e depois ela é fechada como se fosse uma porta.


3. Cerídeos
São as ceras em geral. Têm a importância de impermeabilização da superfície de frutos, folhas com o objetivo de evitar a perda de água.



4. Esteroides
São os lipídios relativamente complexos, destacando o colesterol abundante nos tecidos animais. Ele tem varias funções dentro do organismo e em quantidade normal faz bem a saúde, mas em excesso pode trazer prejuízos e acarretar doenças. Nas plantas e fungos não existe o colesterol e sim outros esteroides com a mesma função.



Introdução a citologia

- A primeira descoberta
Em 1660, o microscopista italiano Marcello Malpighi observou, pela primeira vez, os vasos capilares sangüíneos presentes na cauda de peixes. Malpighi é considerado ainda hoje como o precursor da embriologia e da histologia, e sua descoberta foi de grande importância para elucidar uma importante questão da fisiologia animal.
Na época, acreditava-se que o sangue era produzido pelos intestinos, viajava para o fígado e coração, de onde era distribuído pelas veias para ser consumido pelo corpo. Em 1639, o médico inglês William Harvey formulou uma teoria afirmando que o sangue circulava continuamente pelo corpo, impulsionado pelo coração. Faltava apenas descobrir a conexão entre as artérias ( o caminho de ida do sangue) e as veias ( o caminho de volta do sangue), o que foi feito por Malpighi em 1660.

- As "células" de Hooke
Em 1663, o cientista inglês Robert Hooke dedicou-se à observação da estrutura da cortiça, para tentar descobrir o que fazia dela um material tão leve e flutuante. Então, teve a idéia de cortá-la em fatias finas o bastante para que pudessem ser observadas ao microscópio. Através das lentes de aumento, ele constatou que a cortiça era formada por um grande número de cavidades preenchidas com ar. Dois anos depois, Hooke publicou a obra Micrographia, onde denominou as estruturas ocas de "células".
Na mesma época em que Hooke publicou a Micrographia, começaram a surgir outras obras sobre a observação microscópica, principalmente dos vegetais. Os cientistas usavam o termo célula para muitas outras estruturas, além de usarem expressões como "poros microscópicos", "bolhas", "sáculos" e "utrículos".


-Descobrindo as células
As pesquisas sobre a estrutura dos vegetais avançaram tanto que, a partir da segunda década do século XVIII, já havia um consenso de que as plantas eram formadas por espaços microscópicos. Essas estruturas eram tão variadas que pensava-se não constituírem uma estrutura básica única, partilhada por todos os vegetais. Durante muito tempo houve polêmica: seriam os vegetais formados por células, ou por um tecido no qual as células não passavam de meras cavidades? Somente em 1805 foi possível isolar as células, confirmando-se sua individualidade e resolvendo a questão.
Nada disso foi levado em conta por Robert Hooke, que interpretou de um modo muito diferente os poros que observou na cortiça. Contudo, deve-se a ele o pioneirismo da observação e a criação do termo célula.

-As células animais
Em 1673, o microscopista Leeuwenhoeck observou as primeiras células animais: os glóbulos vermelhos de sangue. Por serem as células animais muito menores, pensava-se na época que apenas o sangue era formado por estruturas microscópicas. Inicialmente, os glóbulos não foram considerados células, pois os cientistas não esperavam encontrar estruturas básicas em comum para animais e vegetais. Por algum tempo, os glóbulos continuaram a ser observados em várias partes dos animais, como nervos, músculos e pele, mas não se suspeitava que os tecidos fossem formados totalmente por essas estruturas.


- Por dentro da célula
A partir de 1744, os cientistas começaram a pesquisar uma substância viscosa encontrada no interior de várias microestruturas animais. Quatorze anos depois, a mesma substância foi reconhecida nas microestruturas vegetais, reafirmando a similaridade entre as células animais e vegetais. Em 1860, a substância recebeu o nome oficial de protoplasma, e passou a suspeitar-se que ela estaria presente em todos os seres vivos.


-O núcleo celular
Os estudos sobre o núcleo das células também foram importantes para a compreensão de seu papel nos seres vivos. O núcleo já havia sido observado por Leewenhoeck em 1700, mas somente no final do século XVIII passou a ser considerado parte das células. O exame mais detalhado do núcleo levou à descoberta, em 1781, de uma outra estrutura em seu interior, mais tarde batizada de nucléolo. Em 1836, os cientistas reconheceram a presença do núcleo em todas as células do tecido humano, com exceção das hemácias.

A teoria celular
Em 1839, o zoólogo alemão Theodor Schwann publicou a obra Investigações Microscópicas sobre a Estrutura e Crescimento dos Animais e das Plantas, que passou a ser conhecida como a Teoria Celular. Na obra, Schwann afirma que todos os tecidos animais e vegetais são formados por células. Ele se baseou no fato da presença do núcleo em todos os tipos de células, e na obediência a um processo básico comum de formação comandado pelo núcleo.
Schwann identificou a célula como a base das funções vitais dos organismos. Para ele, as células tinham dois tipos de atividades: uma plástica, responsável pelo crescimento, e outra metabólica, responsável pela transformação das substâncias intercelulares em elementos das células. Sua teoria foi bastante modificada pelas descobertas do século XX. Atualmente, sabe-se que a divisão celular é o único processo responsável pela formação de novas células. Contudo, seu trabalho provou que há uma unidade no mundo vivo e que ela reside na célula.
É pela organização que os seres vivos distinguem-se dos demais elementos da natureza. Numa resposta crítica ao mecanicismo, a nova teoria afirmava que cada ser vivo era um organismo cujos componentes encontravam-se, não apenas reunidos, mas integrados.
A teoria celular expressava ainda um debate mais amplo sobre as relações entre o indivíduo e a sociedade. Ao contrário dos filósofos da natureza, que consideravam a comunidade como um todo orgânico e os seres vivos como um todo indivisível, os adeptos da nova teoria defenderam que o organismo não poderia mais ser encarado como uma autocracia. Seria um "estado celular", uma coletividade em que "cada célula seria um cidadão", como afirmava o cientista alemão Theodor Schwann.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Exercícios

Meninos, a Isa falou que vcs tão com acesso ao e-mail dos alunos do VC, né? Os exercícios que eu ia mandar pra vcs tá lá! Façam e apareçam com as dúvidas :)
Beijo,
Julia

Microscopia - Pele humana

Como prometido, aí vão algumas imagens da microscopia óptica da pele!
Essa camada bem roxinha e bem superficial da foto acima é a camada córnea (dá até pra perceber que não dá pra ver os contornos das células, né? Lembram que é uma mistura de células mortas e queratina? Essa camada córnea tá bem grossa, deve ser de alguma região como a palma da mão...). Entre a camada córnea e o epitélio estratificado pavimentoso da epiderme (que tá numa coloração rosa escuro), tem uma camada mais marronzinha e fina. É a melanina depositada ali pelas pontas dos braços dos melanócitos! Abaixo do epitélio vem a derme, em rosa mais claro. E abaixo disso tudo vem o tecido adiposo. Notem como parecem umas bolhas de gordura: é praticamente isso mesmo! :)

Essa foto tem um detalhe maior da parte da derme. Notem como a camada córnea nessa foto é beeeem mais fina em comparação à da foto acima! Nessa foto a gente pode ver um folículo piloso bem grudadinho em uma glândula sebácea, como eu falei em sala. Dá pra ver também um folículo piloso com pelo dentro! Além desse vaso destacado aí na hipoderme!

Qualquer dúvida: e-mail ou comentários!

terça-feira, 1 de março de 2011

Tecido Epitelial - Aula

Pessoal, vou procurar postar o esquema das aulas aqui no blog, acompanhado do arquivo em anexo da lista de exercícios (se eu descobrir como se faz isso, é claro). Hoje foi a aula de tecido epitelial, então aí vai! Com figuras bem melhores do que os meus desenhos, prometo! :)
Julia

Apresentação da Matéria

Histologia + Fisiologia Humanas

- Histologia: estudo dos tecidos

- Fisiologia: estudo das funções

- Átomo <>Tecido < Órgão < Sistema <>

- 4 tecidos básicos: epitelial, conjuntivo, nervoso, muscular

Tecido Epitelial

Características Gerais:

- Avascular: nutrientes e oxigênio provenientes de tecidos adjacentes (conjuntivo)

- Justaposição de células: cimentos celulares + formações membranosas de adesão (Zona de Oclusão, Desmossomos, Interdigitações, Junções GAP)


- Origem nos três tecidos embrionários (ectoderma, mesoderma, endoderma)

Funções:

- Proteção: física, química, contra desidratação (queratina!)

- Absorção: microvilosidades

- Percepção sensorial

- Secreção de substâncias

2 tipos de tecidos epiteliais:

Tecido Epitelial de Revestimento: interno ou externo

- Classificação: quanto a camadas de células

. Simples:

Ex: alvéolos pulmonares, endotélio → possibilitam trocas gasosas

. Pseudoestratificado:

Ex: traquéia, uretra

. Estratificado:

Ex: epiderme → ↑proteção

- Classificação: quanto ao formato das células

. Pavimentosas: achatadas

. Cúbicas: cubóides

. Prismáticas: cilídricas, colunares

. Transição: célula de formato variável → bexiga (cheia ou vazia)

*Anexos: pêlos, garras, penas → EPIDÉRMICOS (sempre recordar a diferença entre epitélio e epiderme!)

Tecido Epitelial Glandular:

- Produção e liberação de substâncias de utilidade fisiológica

- Originárias de invaginações do tecido superficial

- Glândulas Exócrinas:

Ex: Salivares, mamárias, sudoríparas, próstata
. Tubo de secreção para o meio (recordar que cavidades são meio também!): produto eliminado para fora da corrente sanguínea

. 3 Tipos:

. Holó
crinas: há morte da célula para eliminação da secreção

Ex: sebáceas

. Apócrinas: há morte de parte da célula (ápice acumula secreção) para eliminação da secreção

Ex: mamárias

. Merócrinas: nada da célula é eliminado além da secreção (“meramente libera”)

Ex: salivares

- Glândulas Endócrinas:

Ex: Hipófise, Tireóide, Adrenais

. Produção de hormônios

. Ausência de ducto secretório: produto jogado diretamente no sangue

- Glândulas Anfícrinas (Mistas): exócrinas E endócrinas!

Ex: Pâncreas (ilhas pancreáticas produzem hormônios insulina e glucagon; células acinosas produzem suco pancreático e lançam no intestino)

Pele humana:

- Epiderme:

. Epitélio estratificado pavimentoso

. Camada córnea: células superficiais descamáveis, mortas. Tem queratina (impermeabilização).

. Melanócitos: produção de melanina (absorção de raios UV)

. Camada Germinativa: reposição de células descamadas

- Lâmina/Membrana Basal: camada de fibras protéicas abaixo da camada germinativa da epiderme

- Derme:

. Vascularizada

. Tecido conjuntivo (frouxo e denso)

- Hipoderme: camada de tecido gorduroso

Programação Bio 1.2011

Caros alunos,

Segue a programação prévia dos conteúdos de Biologia. Lembrando que essa programação não é fixa, a ordem dos tópicos e seu conteúdo podem ser alterados sem aviso prévio.

Programação Zoologia  - 1. 2011
Professora Laís
1.      Teorias origem da vida na Terra
2.      Introdução à Zoologia
3.      Filo Porifera
4.      Filo Cnidaria
5.      Filo Platyhelminthes
6.      Filo Nematoda
7.      Filo Annelida
8.      Filo Mollusca
9.      Filo Arthropoda
10.  Filo Echinodermata
11.  Filo Chordata 1
12.  Chordata 2
13.  Chordata 3
14.  Embriologia animal
15.  Ecologia 1
16.  Ecologia 2
Em todas as aulas integrarei o conteúdo principal com os seguintes tópicos:
Anatomia e Morfologia
Classificação biológicaSistemática, Taxonomia e Filogenia
Biogeografia

Ecologia
Evolução
Programação Fisiologia Humana 1.2011
Professora Júlia
- Tecido Epitelial
- Tecido Conjuntivo
- Sistema Nervoso I (micro)
- Sistema Nervoso II (macro)
- Sistema Endócrino
- Sistema Muscular
- Sistema Digestório
- Sistema Respiratório
- Sistema Cardiovascular
- Sistema Urinário
- Sistema Imunológico
- Sistema Genital Feminino
- Sistema Genital Masculino
- Gametogênese
- Ciclo menstrual e métodos anticoncepcionais
- DST
- Embriologia humana
- Anexos embrionários
- Gravidez
Programação Botânica 1.2011
Professor Wanderson
Apresentação do estudo e importância da Botânica. Ciclos vitais. Apresentação dos Reinos Plantae (Plantas), Protoctista (Algas), Monera (Cianofíceas), Fungi (fungos).

Algas: características gerais, principais divisões – Filos Cyanophyta (cianofíceas), Chlorophyta (algas verdes), Phaeophyta (algas pardas ou marrons), Rhodophyta (algas vermelhas), Bacillariophyta (diatomáceas), Chrysophyta (algas douradas), Euglenophyta (euglenofíceas), Dinophyta (dinoflagelados), Charophyta (carofíceas) –, reprodução, importância ecológica e econômica.

Fungos: características gerais, principais grupos – Filos Cythridiomycota (mastigomicetos), Zigomycota (zigomicetos), Ascomycota (ascomicetos), Basidiomycota (basidiomicetos), Deuteromycota (deuteromicetos) -, reprodução, importância ecológica e econômica (decomposição de matéria orgânica, produção de alimentos, bebidas e medicamentos, parasitas, liquens e micorrizas).

Briófitas: características gerais, principais divisões - Filos Bryophyta (musgos), Hepatophyta (hepáticas), Anthocerophyta (antóceros) -, reprodução, ciclo de vida.

Pteridófitas: características gerais, principais divisões – Filos Pterophyta (samambaias e avencas), Lycophyta (licopódios e selaginelas), Sphenophyta (cavalinha), Psilotophyta -, reprodução, ciclo de vida.

Gimnospermas: características gerais, principais divisões – Filos Coniferophyta (coníferas- pinheiros e ciprestes), Cycadophyta (cicas), Gnetophyta (gnetófitas), Ginkgophyta (gincofítas) -,  reprodução, ciclo de vida.

Angiospermas: características gerais, principal divisão – Filo Magnoliophyta ou Anthophyta; Classes Monocotiledôneas, Eudicotiledôneas e Magnolliideas ou Dicotiledôneas Basais. Morfologia da flor, do fruto e da semente.

Angiospermas: ciclo de vida. Tipos de germinação. Evolução do processo reprodutivo em Plantas.

Angiospermas: meristemas apicais (primários) e laterais (secundários) e tecidos primários e secundários.

Angiospermas: morfologia interna e externa da raiz, do caule e da folha.

Fisiologia Vegetal: fotossíntese e respiração.

Fisiologia Vegetal: nutrição vegetal, condução da seiva bruta e da seiva elaborada.

Fisiologia Vegetal: hormônios vegetais, controle do movimento das plantas (tropismos) e fitocromos e desenvolvimento.
Programação Citologia 1.2011
Professora Isa
- Água, sais e glicídios;
- Lipídios, proteínas e vitaminas
- Diferença entre célula vegetal, animal e bacteriana;
- Diferenciação de procarionte e eucarionte
- Membrana Plasmática e envoltórios extra membranosos;
- Organelas membranosas (Reticulo endoplasmático Rugoso, Reticulo endoplasmático Liso e complexo golgiense);
- Citoesqueleto (microtúbulos, centríolos e etc), cílios e flagelos;
- Ribossomos, lisossomos e vacúolos;
- Mitocôndrias;
- Processos energéticos das células ( respiração celular, fermentação e fotossíntese - essa parte fica comigo também?)
- Núcleo e ácidos nucleicos (transcrição e tradução);
- Cromossomos;
- Mitose;
- Meiose;
- Seres unicelulares patogênicos.
Programação Genética 1.2011
Professora Laís
1. Introdução à Genética: principais conceitos e mecanismos de hereditariedade
2. Código Genético: duplicação, transcrição e tradução
3. Mitose, Meiose, Mutação e Câncer
4. Primeira Lei de Mendel 1
5. Primeira Lei de Mendel 2 - Noções de Probabilidade e Heredogramas
6. Dominância Incompleta e Co-dominância, Alelos Letais
7. Alelos Múltiplos e Sistema ABO
8. Segunda Lei de Mendel
9. Interação Gênica e Epistasia
10.  Herança Quantitativa
11.  Herança Ligada ao Sexo
12.  Divisão celular, Linkage e Crossing-over.
13.  Anomalias Cromossômicas
14.  Evolução 1
15.  Evolução 2
16.  Biotecnologia: OGM's, Engenharia Genética, etc.